31-05-2017 - Segundo estudo, perseguição aos cristãos de hoje é comparada à feita no tempo de Nero

     Um encontro promovido pela International Christian Concern em Washington, EUA, que reuniu ativistas e um desertor norte-coreano detalhou os graves abusos contra os direitos humanos perpetrados contra cristãos. Uma atenção maior foi dedicada à situação na Coreia do Norte, onde todos os que vivem sob o regime comunista de Kim Jong-Un sofrem abusos.
Vários estudiosos do assunto apontaram que a conduta do ditador transformou o país no mais fechado do mundo, onde há uma tentativa deliberada de se extinguir o Cristianismo.
Greg Scarlatoiu, diretor executivo do Comitê de Direitos Humanos na Coréia do Norte, afirmou: “Antes da tomada do poder comunista, a capital Pyongyang era conhecida como a ‘Jerusalém do Oriente’. Na Coreia do Norte, o Cristianismo era praticado abertamente e a existência de várias igrejas na mesma rua [era] uma visão comum”.
O especialista já liderou esforços para a publicação de pelo menos 24 relatórios e livros sobre os abusos dos direitos humanos dos cristãos. Scarlatoiu lembrou que foi a partir da decisão do Comitê Provisório do Povo, em 1946, que a Coreia do Norte forçou o encerramento maciço de igrejas.
Os agitadores do Partido Comunista foram inseridos em comunidades cristãs e começaram a criticar os sermões que não se alinhavam com o regime, destaca.
Em 1962, o então presidente Kim Il-sung, avô de Kim Jong-Um, afirmou: “não podemos avançar em direção a uma sociedade desenvolvida com pessoas religiosas. Por isso temos de julgar e punir aqueles que ocupam cargos de liderança nas igrejas”.
Essa medida teve grande impacto, pois se em 1948, antes do comunismo, cerca de um quarto da população norte-coreana pertencia a alguma crença religiosa, em 2017 o número está agora abaixo de 1%.
Ao longo dos anos, o regime dos “Kim” matou centenas de milhares de seu próprio povo sob diversas alegações, começando com Kim Il-sung, continuando com o seu filho, Kim Jong-il, e perpetuou-se com o seu neto, Kim Jong-un.
Fazendo uma comparação com os índices atuais de perseguição, Scarlatoiu acredita que a liberdade religiosa é a principal questão na defesa dos direitos humanos no século 21. “Essa perseguição religiosa, em particular aos cristãos, é comparável com a Roma de Nero, bem como com o genocídio assírio, grego e arménio da Primeira Guerra Mundial ou o genocídio dos Yazidi”, sentenciou.
Há estudos que indicam que um cristão é martirizado, em média, a cada cinco minutos em algum lugar ao redor do mundo.
 
																									
						
					 
																									
						
					 
																									
						
					 
			 
						        



